BRITO, Ronaldo
Neoconcretismo : Vértice e Ruptura do Projeto Construtivo Brasileiro [LIV]. -- Rio de Janeiro : Fundação Nacional de Arte - FUNARTE; Instituto Nacional de Artes Plásticas, 1985
Escrito há quase uma década, por um jovem e inexperiente crítico, o presente estudo não consente agora uma revisão -provavelmente se transformaria em um outro texto ou numa discussão consigo mesmo. Ai vai, pois, exatamente como foi produzido, com sua ingenuidade e as eventuais falhas ou incorreções. Talvez os trechos já divulgados por outras publicações, em períodos diversos, tenham Ihe conferido uma certa objetividade que isente o autor de novas e sucessivas reelaborações. De todo modo, a questão crucial seria prosseguir especificando e aprofundando a análise das obras e assim escaparíamos aos limites estritos do movimento neoconcreto. Este, de 1975 para cá, tournou-se mais e mais conhecido ou, senão, mais e mais mencionado, aceito e admirado. Oportunismos e saudosismos à parte, o fato me parece positivo. Na história da cultura brasileira, o Neoconcretismo foi, com certeza, um dos poucos momentos em que decidimos enfrentar o desafio de Rimbaud para ser absolutamente modernos. Sei, sei bem que o momento alardeia a crise do moderno; muito antes disso, porém, vem a minha experiêcia cotidiana com a espantosa ignorância e a incompreensão, a rejeição e a resistência, o pânico mesmo diante do moderno que ainda caracterizam o nosso meio de arte. E isto quase 30 anos depois deo Neoconcretismo, 80 do Cubismo, 120 de Cézanne.
ISBN: 8524600071
1. Artes Visuais de 1900 a 1999; 2. Arte Brasileira
(17) Inv.: 000681 S.T.: 709.04 B83 neo 1985