Os africanos que desembarcavam no Brasil vinham de todos os cantos da África, nos famosos navios negreiros, em condições subumanas. Eles traziam consigo uma bagagem preciosa que ninguém podia lhes tirar: as diversas tradições e os valores culturais de seus antepassados. O interesse do antropólogo, médico e historiador Nina Rodrigues levou-o por meio da psicologia social a pesquisar profundamente a raça negra e a classificar suas manifestações culturais, seus ritos e seus costumes. O autor percorreu as ruas de Salvador e de cidades de outros Estados entrevistando antigos africanos, procurando descobrir a verdade encoberta no decorrer dos tempos. Dedicou quase 15 anos de sua vida tentando salvar a memória negra brasileira. Nina Rodrigues lamentava a perda do idioma, dos costumes e das tradições dos africanos trazidos ao Brasil. Mesmo assim, conseguiu destacar a influência do negro na culinária, no linguajar e na música. Ele também lamentava o estágio civilizatório dos escravos iletrados e fazia referências positivas aos escravos sudaneses que eram islâmicos, sabiam ler e escrever, e que lideraram uma revolta importante em Salvador, em 1835, conhecida como “Revolta do Malês”. Embora já tivesse publicado diversos ensaios sobre a cultura negra, foi em Os Africanos no Brasil que ele reuniu a parte mais consistente de suas pesquisas sobre os costumes preservados pelos afrodescendentes.
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Rodrigues, Nina
Os africanos no Brasil [LIV]. -- 6ª Edição. -- São Paulo : Editora Nacional; Editora Universidade de Brasília, 1982
Os africanos que desembarcavam no Brasil vinham de todos os cantos da África, nos famosos navios negreiros, em condições subumanas. Eles traziam consigo uma bagagem preciosa que ninguém podia lhes tirar: as diversas tradições e os valores culturais de seus antepassados. O interesse do antropólogo, médico e historiador Nina Rodrigues levou-o por meio da psicologia social a pesquisar profundamente a raça negra e a classificar suas manifestações culturais, seus ritos e seus costumes. O autor percorreu as ruas de Salvador e de cidades de outros Estados entrevistando antigos africanos, procurando descobrir a verdade encoberta no decorrer dos tempos. Dedicou quase 15 anos de sua vida tentando salvar a memória negra brasileira. Nina Rodrigues lamentava a perda do idioma, dos costumes e das tradições dos africanos trazidos ao Brasil. Mesmo assim, conseguiu destacar a influência do negro na culinária, no linguajar e na música. Ele também lamentava o estágio civilizatório dos escravos iletrados e fazia referências positivas aos escravos sudaneses que eram islâmicos, sabiam ler e escrever, e que lideraram uma revolta importante em Salvador, em 1835, conhecida como “Revolta do Malês”. Embora já tivesse publicado diversos ensaios sobre a cultura negra, foi em Os Africanos no Brasil que ele reuniu a parte mais consistente de suas pesquisas sobre os costumes preservados pelos afrodescendentes.